historia
Na Espanha, a arquitetura renascentista alcançou sua maior expressão na imensidão do monastério do Escoriai, de Juan Herrera. A literatura notabilizou-se com Lope de Vega (1562-1635), autor de inúmeros poemas líricos e peças teatrais de enredo vigoroso e grande dramaticidade, como A Judia de Toledo. No campo literário, destacou-se ainda Miguel de Cervantes (1547-1616), autor de D. Quixote, obra em que a sátira e o grotesco se concentram na luta contra a sobrevivência dos ideais medievais, perseguidos pelo protagonista. Enquanto a cavalaria mostra-se irreal e decadente, o pragmatismo e o racionalismo mordaz de Sancho Pança associam-se ao capitalismo; os dois personagens, o cavaleiro e seu armador, vinculam-se à consciência de Cervantes frente à transição do feudalismo para o capitalismo.
Domenico Theotocopoulos, El Greco (1540-1614), ligou-se, na pintura, ao classicismo romano e, posteriormente, ao maneirismo de Tintoreto e da Contra-Reforma. Dentre as suas obras, destaca-se A Morte do Conde Orgaz.
O renascimento português alcançou sua maior expressividade com Luís de Camões (1524-1580), autor de vastíssimo trabalho escrito em forma de sonetos, odes, elegias, sátiras e comédias. Sua obra máxima foi o poema épico Os Lusíadas, que narra a viagem de Vasco da Gama às índias, transformada numa epopéia nacional, o herói é uma entidade abstrata e Portugal é visto coletivamente na exaltação do "peito ilustre lusitano".
Inglaterra e Alemanha
As novas tendências foram tardias também na Inglaterra embora recebessem a proteção da monarquia Tudor.
O renascimento inglês destacou-se mais na literatura. Thomas More (1478-1530), autor de Utopia, em muito contribuiu para o pensamento humanista e influenciou Erasmo, que exprimiu os mesmos ideais.