historia
Em 1807, D. João VI de Portugal parte para o Brasil acompanhado pela corte, deixando o país à mercê das invasões napoleónicas. O príncipe D. Pedro de Alcântara tinha nove anos quando chegou ao Brasil e cresceu de forma despreocupada, sem grande interesse pelos estudos, mas com assinalável gosto pela vida boémia. Em 1818 casa com D. Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, e dois anos depois, D. João VI, devido à Revolução Liberal, decide regressar a Portugal e nomeia D. Pedro Regente do Brasil. Perante ordens vindas de Portugal lesivas da autonomia do Reino do Brasil, em parte justificadas pelo desrespeito à soberania devida a D. João VI, em Setembro de 1822 D. Pedro, junto ao rio Ipiranga, lança o célebre grito, "Independência ou Morte" e em Dezembro desse ano é proclamado Imperador do Brasil. Governando sempre em oposição e conflito com os espíritos liberais, a intransigência de D. Pedro leva-o a enfrentar graves revoltas e tumultos até que a 7 de Abril de 1831 é obrigado a abdicar a favor do seu filho, o futuro D. Pedro II.
"Independência ou Morte" é uma romanesca visão da ascensão e queda do infante D. Pedro de Portugal, que levou o Brasil à independência. Carlos Coimbra constrói um sinuoso drama palaciano, reconstituindo através de uma série de quadros cronológicos os momentos mais marcantes da trajectória de D. Pedro, um homem cheio de contradições que a História arrastou para o centro dos acontecimentos do processo de independência e consolidação do Brasil, enquanto nação independente e soberana. O retrato amargo de um homem dominado pelas mais sinuosas conspirações e maquinações e vítima do seu arrogante e intransigente carácter, que o levou a abdicar de dois tronos. Uma envolvente recriação histórica que contou com um vasto elenco, dominado pelas presenças de Tarcísio Meira, Glória Menezes e Dionísio Azevedo nos principais