historia
As mudanças na política externa brasileira na década de 90 foram importantes. Durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, buscou-se substituir a agenda reativa, da política externa brasileira, dominada pela lógica da autonomia pela distância, por uma nova agenda internacional pró-ativa, determinada pela lógica da autonomia pela integração. Segundo ela, o país deve ampliar o poder de controle sobre o seu destino e enfrentar seus problemas através da adesão ativa à elaboração das normas e das pautas de conduta da gestão da ordem mundial, colaborando na formulação e funcionamento dos regimes internacionais. O trabalho analisa o período dos dois mandatos do presidente Cardoso, com extensão para o período anterior, Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, e posterior, Lula da Silva. Busca-se fazer um balanço de custos e benefícios, insistindo sobre os constrangimentos estruturais, que acabam por influenciar a ação internacional do país. Nesse quadro, o esforço desenvolvido não se mostra suficiente para alterar um quadro desfavorável. As negociações no tocante à ALCA, buscando equilibrar realismo com defesa de interesses específicos, mostram as dificuldades desse quadro, que permanecem além de uma gestão presidencial.
Os sentidos da globalização A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com