Historia

O neogótico se cofigurava como a verdadeira manifestação, não apenas da arte medieval, mas dos valores mais nobres e genuínos, com um estilo nacional, cristão e incorrupto. O neogótico implicava uma inseparável ligação entre as formas externas (arco ogival, rendilhado, arcobontante) Opçoes estéticas, religiosas e sociais pertencentes ao revival foram assim descartadas como um equivoco- ingênuo ou intencioanal –de uma época que não criou o novo e sonhou recuperar uma ordem medieval já não mais existente. O neogótico, a partir do século XIX transformou-se numa espécie de cruzada pela arte e pelo a arquitetura medievais, o uso do arco ogival, de abóbadas em nervuras criando teias de pedra e vitrais recuperavam a atmosfera de um passado cristão,tem –se aqui delineados os argumentos que sustentam o estudos da arquitetura gótico nos XIII e XIX, sua religião primitiva , sua orgânica derivação de formas naturais. Interessa reter que , diferentemente de um ato de civilização e razão percebido no estilo clássico, o gótico se afigurava como uma evolução da natureza, uma arquitetura que podia crescer espontaneamente, seguido seus próprios desígnios para , em seu evoluir, revelar os desígnios divinos, resta deslindar a questão que permanece revival ou survival

O presente trabalho, com base em uma ampla análise do revival gótico e do medievalismo ocorridos na história, na arquitetura e nas artes da Inglaterra do século XIX, examina as estratégias de reinterpretação do passado histórico presentes na cidade industrial. Compreendendo como se criou o paradigma da cidade de Manchester como o locus das transformações industriais e sociais, analisa-se a criação de um discurso histórico sobre o passado local, intensificado quando da edificação da nova prefeitura da cidade e das escavações das ruínas romanas em sua região central. Procede-se a uma análise do movimento neogótico, a partir da historiografia contemporânea, deslindando as idéias de sobrevivência e de revival e