historia e teoria da forma escolar
As críticas á escola podem ser interpretadas como o fim de um modelo, ou seja, até mesmo como o fim da forma escolar em si mesma enquanto configuração sócio-histórica surgida no século XVI. Não se pode fazer uma “história da forma escolar”, a não ser na condição de transformar a expressão “forma escolar” em uma fórmula pseudo-científica, utilizada no lugar do termo comum “escola”.
Merleau-Ponty defendia que ás ciências humanas e não apenas a psicologia, poderia ultrapassar a alternativa objetivismo - subjetivismo repensando as relações do subjetivo e do objetivo.
Parte-se do pressuposto que teria existido uma espécie de crescimento natural da escola desde a Antiguidade até nossos dias, o que obriga, ás vezes, a procurar a qualquer preço a existência de escolas primárias, secundárias e superiores em todos os países e em todas as épocas.
O que aparece em certas épocas, nas sociedades européias, é uma forma inédita de relação social entre um mestre e um aluno, relação conhecida como pedagógica.Por toda parte, em relação ao que será considerado como a antiga sociedade, “aprender” se fazia “por ver-fazer e ouvir-dizer”: seja entre camponeses, artesãos ou nobres. São criadas escolas de um tipo novo destinadas explicitamente a “todas as crianças”, inclusive, “as do povo”, para exercerem os ofícios que lhes seriam atribuídos.
Colocar todas as crianças- inclusive as pobres- em escolas, aparece como um vasto empreendimento que se poderá chamar de ordem pública. Trata-se de se obter a submissão, a obediência, ou uma nova forma de sujeição.
E , sobretudo, a introdução do catecismo com a Reforma e a Contra-Reforma participa de transformações profundas da religião: a catequese se faz doravante, correlativamente a uma definição das Igrejas e do poder eclesiástico, sob forma escolar.
A função da escola seria de “transmitir saberes e saber-fazer”- sendo que os métodos pedagógicos garantem a eficácia dessa