Historia e genese do ss
Segundo o livro “ Génese, Emergência e Institucionalização do Serviço Social “Português da autoria da cientista portuguesa Alcina Maria de Castro Martins, natural de Coimbra (1955) vem confirmar as expectativas e as preocupações dos assistentes sociais sobre a construção da história da sua profissão, recuperando o protagonismo destes na construção da democracia em Portugal no século XX. A autoridade desta investigadora reforça as bases desta identidade escondida até o aparecimento da Segunda República, estreitamente construída sob a base da história das classes trabalhadoras. A questão social, como pano de fundo do século XIX e XX, retira os véus de uma história com protagonistas com pensamentos e ideais fruto do contexto nacional e internacional que atravessa o campo científico, especialmente as Ciências Sociais.
Em Portugal, segundo Alcina Martins (1999: 207-230), as primeiras tentativas para a criação de Escolas de Serviço Social são ensaiadas em 1928, no Instituto de Orientação Profissional, para formar o pessoal vinculado aos serviços de justiça de menores, e, em 1934, no mesmo Instituto, para a formação de observadores de psicologia juvenil e de observadores sociais. No entanto, é no I Congresso da União Nacional (partido único), em 1934, que são feitas propostas, pela Condessa de Rilvas e por Bissaya Barreto (médico), dando origem à criação do Instituto de Serviço Social (Lisboa, 1935) e da Escola Normal Social (Coimbra, 1937).
Num quadro generalizado de analfabetismo literal e cívico e de uma política que subvalorizava a educação, o regime perseguiu e expulsou do ensino as ciências sociais, mas consentiu e, até desejou, o Serviço Social.
Sem as liberdades fundamentais e a democracia política, num país rural e pobre, a consciência da população face aos seus direitos é estreita, reina então o corporativismo católico, o anti-liberalismo e o anti-Estado Providência, que vão incorporar e domesticar o Serviço Social, inserido nos campos da