Teorias da depressão
TEORIA BIOLÓGICA
A abordagem biológica da depressão assenta no pressuposto de que existe um problema relacionado com as monoaminas, especialmente a norepinefrina e a serotonina. De acordo com os estudos realizados, este problema terá a ver com um défice na atividade dos neurotransmissores e as razões para este problema poderão ser várias, no entanto, a hipótese mais comum entre a classe médica e farmacêutica é a seguinte:
TEORIA MONOAMINÉRGICA DA DEPRESSÃO
No final dos anos 50 surgiu acidentalmente o primeiro antidepressivo cuja aplicação visava o tratamento da esquizofrenia. Foi através disto que surgiu a teoria biológica da depressão visto ter-se compreendido que o antidepressivo aumentava a concentração de duas substâncias ao nível do cérebro designadas por “neurotransmissores”. (Afonso, 2004).
Assim, a teoria monoaminérgica da depressão justifica o aparecimento da doença como consequência de uma deficiência dos neurotransmissores monoaminérgicos, nomeadamente, norepinefrina e serotonina, resultante de determinados processos patológicos (doença, drogas, stresse) e provocando a diminuição, igualmente patológica, daquelas aminas e daí resultariam os próprios sintomas depressivos. Ou seja, de acordo com esta hipótese, as pessoas deprimem-se porque nos seus cérebros existe norepinefrina e serotonina a menos.
Na sequência do desenvolvimento desta teoria surgiu ainda implicado um terceiro neurotransmissor, denominado “dopamina”, que acabou por ser também integrado na teoria monoaminérgica da depressão.
Com os progressos realizados a nível da psicofarmacologia percebeu-se que esta explicação era demasiado simplista e que os lugares onde atuam os neurotransmissores (recetores pré e pós-sinápticos) também se encontravam alterados na depressão. Possivelmente por este motivo é que existe um período de latência desde o início do tratamento com antidepressivos (entre uma a três semanas) até ao aparecimento de melhorias clínicas.