Historia e desenvolvimento da sociologia
As relações sociais
Os indivíduos, dos primeiros momentos da História aos dias de hoje, estabelecem relações entre si que fazem parte de suas rotinas cotidianas. Voltadas para a resolução de problemas práticos ou abstratos, que vão da satisfação das necessidades vitais básicas à solução de intrincadas questões científicas ou filosóficas, essas relações fundam-se em interações que ora começam por impulsos originados no indivíduo, ora iniciam por influências oriundas do grupo ou da sociedade. Constituindo um dos parâmetros fundamentais que definem a vida social; há uma tensão permanente entre os impulsos que partem das necessidades do indivíduo e as demandas que provêm da sociedade. Não é difícil confirmar essa afirmação. Nas conversas do dia-a-dia entre as pessoas, é comum o seguinte diálogo: - “Você agiu por impulso pessoal ou por pressão do grupo?" - "Eu agi por minha conta e risco, não dou importância ao que os outros pensam!" Ou, - "Eu agi de acordo com o grupo, dou muita importância ao que os outros pensam!" Embora haja escolhas pessoais de vida embutidas nessas interações, elas correspondem quase sempre a circunstâncias sociais. As questões que envolvem a teia de relações existentes entre os indivíduos na vida coletiva configuram, portanto, o objeto de estudo da Sociologia. Desse modo, as primeiras teorias sociológicas, surgidas em meados do século XIX na Europa, voltaram o foco de seu interesse para o problema da relação dos indivíduos entre si e com a sociedade. Segundo Tomazi (1993:15),
são essas situações sociais que interessam a sociologia. Situações cujas causas não são encontradas na natureza ou na vontade individual, mas antes devem ser procuradas na sociedade, nos grupos sociais ou nas situações sociais que as condicionam. É tentando explicar essas situações que a sociologia colocará como básico o relacionamento indivíduo e sociedade. A sociologia volta-se o tempo