Historia relaçoes internacionais
Hália Costa Santos
Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (Instituto Politécnico de Tomar)
Resumo
O objecto deste estudo é a política de comunicação do XVII Governo de Portugal, eleito em
Fevereiro de 2005 com maioria absoluta. Desde a vitória nas urnas que o secretáriogeral do
Partido Socialista, José Sócrates, se pautou por uma conduta de silêncio. A formação do
Governo foi feita de forma resguardada, sem uma intervenção directa dos media. A acção política desde Governo, pelo menos nos três primeiros meses de existência, pareceu não depender directamente da comunicação para o exterior. Ou seja, não parece haver uma transformação das medidas em espectáculo, como acontecia no passado. A questão que se coloca é: quais são as prioridades em termos de política de comunicação deste Governo? É a esta questão global que se vai tentar responder, subdividindoa noutros aspectos.
Nomeadamente a tentativa de confirmação das seguintes hipóteses:
1.A estratégia de comunicação do Governo é claramente diferente da que tinha o Governo anterior. 2.A intenção do Governo é fazer com que os seus líderes e os seus assessores de imprensa apareçam o menos possível.
3.A presença do Governo nos media, verificada, a título de exemplo, num diário de referência, durante os seus dois primeiros meses de actividade, é moderada.
4.Os jornalistas reconhecem que a imagem do Governo que passou nos primeiros meses o favorece. Para além de contextualização teórica, esta investigação baseiase em três vertentes: entrevista semiestruturada ao ministro da Presidência, Pedro da Silva Pereira; questionário a directores e editores dos media; análise de um diário de referência (Diário de Notícias).
Contextualização
Felipe Gonzalez, primeiroministro espanhol pelo PSOE entre 1982 e 1996, foi um dos líderes de Governo que conseguiu não só distanciarse dos media, como também ganhar
algum