HISTORIA FINAL DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA
A Guerra Civil espanhola (1936-39) envolveu de um lado as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas às classes conservadoras dos latifundiários, ao Exército e à Igreja e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.
A Guerra Civil Espanhola extrapolou a Espanha,pois representava o confronto ideológico que o mundo atravessava às vésperas da 2ª Guerra Mundial. A Alemanha nazista e a Itália fascista apoiavam as forças conservadoras, lideradas pelo general Franco e a União Soviética apoiava o governo republicano.
A Espanha dos anos 1930 era uma exceção na Europa. Enquanto outros países tinham instituições políticas modernas, a Espanha ainda se mostrava conservadora, tendo como expressões do poder a Igreja Católica, o Exército e o latifúndio, todos representados pela monarquia de Afonso XIII. No campo, havia entre 2 e 3 milhões de camponeses pobres, submetidos às práticas feudais.
Associada a esse contexto, a grave crise originada da quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929, acabou derrubando o ditador Rivera e o monarca Afonso XIII. Em 1931 foi proclamada a República dos Trabalhadores. Todavia, a esperança de um país com instituições modernas, pluralismo partidário e liberdade de expressão foi frustrada. Os anos seguintes foram marcados pela luta de classes, por vitórias da esquerda nas eleições e pelo conflito entre esquerda e direita.
Já no meio da década de 1930, a direita espanhola se entusiasmou com o sucesso de Hitler na Europa. Apesar de derrotados nas eleições, os direitistas passaram a contar com o apoio do exército e de fascistas. Em 1936 o general Francisco Franco tentou um golpe de estado com apoio dos militares. Contudo, simpatizantes da esquerda saíram às ruas para impedir Franco de tomar o poder. O país ficou dividido entre simpatizantes de Franco e outro grupo de republicanos, anarquistas e socialistas. Seguiram-se