Historia EJA
A prática educacional no Brasil iniciou com a vinda da Família Real no século XIX, mas o ensino era direcionado somente à elite, que recebia a educação em sua casa, e as poucas escolas existentes era privilégio das classes média e alta.
No fim do século XIX cerca de 80% da população era considerada analfabeta, uma vergonha nacional, pois os altos níveis de analfabetismo indicavam o subdesenvolvimento do país. O adulto analfabeto era tratado como “ignorante”, esquecido pela legislação brasileira.
Pode-se dizer que a necessidade educativa surgiu a partir de três pontos: politico, social e econômico, onde os trabalhadores tinham a necessidade de se enquadrar no mercado de trabalho, onde pessoas que não tiveram oportunidade de estudar tinha a esperança de realizar o sonho de “ter a leitura” como diziam, e também aqueles com necessidades especiais viam a oportunidade de completar os estudos.
Escolas noturnas foram criadas com o intuito de favorecer a educação de jovens e adultos, mas esse ensino se desenvolveu de forma precária por falta de professores, escolas e por conta das condições de vida dos alunos.
Em 1942 o Brasil tomou as primeiras iniciativas com a criação do FNEP (Fundo Nacional da Educação Primária), esses recursos destinados à campanha de educação de adolescentes e adultos possibilitaram uma atuação sobre a população analfabeta.
Paulo Freire e outros educadores defendiam a educação popular, ou educação para todos, uma educação democrática e libertadora.
Várias campanhas em prol da “educação para todos” surgiram, a primeira foi a CEA (campanha de educação de adultos) em 1947 com objetivo de preparar mão de obra alfabetizada nas cidades, e levar o conhecimento também para o campo. A Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) em 1952 foram desenvolvidos projetos voltados para campo e áreas rurais. A CNEA (Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo) criada no final dos anos 1950 pretendia melhorar o ensino primário. Entre