Historia do Brasil Republica
Estudo: Emília Costa: “A proclamação da república”: neste texto o autor afirma que não foram exatamente as questões religiosa, militar e abolicionista que causaram a proclamação da república como normalmente estudamos. A questão era mais estrutural. A forma de governo vigente não correspondia as diversas transformações sociais e condôminas que vinham ocorrendo durante o séc XIX. Transformações como a crise produtiva, a revolução industrial, a urbanização, aperfeiçoamento de modos de produção e surgimento de novos não eram favorecidas e estimulados pela monarquia. Isso trouxe a insatisfação de muitos grupos que estavam emergindo de tais mudanças socioeconômicas, como as classes média urbanas e a elite do oeste paulista. O poder econômico – concentrado em São Paulo – não correspondia ao poder político, já que estes não detinham muitos cargos no poder, em comparação com outras províncias como o Rio de Janeiro, onde a elite tradicional predominava.
Victor Nunes Leal (Primeiro capítulo de seu livro) “Indicações sobre a estrutura e o processo do coronelismo”: costumam dizer que ele é o patrono da ciência política no Brasil. Coronelismo, enxada e voto. Ele busca definir o coronelismo. Para alguns cientistas políticos está definição de Nunes Leal é fundador da ciência política no Brasil. Ele lida com este conceito com muita clareza e trabalha em cima de dados empíricos. Se utiliza do senso rural para conceituar. Expressão do poder privado em um contexto de democracia representativa. Essa é a definição dele de coronelismo. Poder privado e democracia liberal representativa. Estes dois elementos são constitutivos do coronelismo. E este conceito exige estes dois elementos, não há coronelismo sem a presença simultaneamente destes dois elementos. Há um poder privado intenso em meio a um contexto de democracia representativa. E se aparecer apenas o poder privado? Algo que marca nossos tempos desde a colônia. (José Murilo diz que estamos falando de