Republica X Monarquia
A PASSAGEM DA MONARQUIA À REPÚBLICA (1870 – 1910)
Gracy Tadeu1
RESUMO
Este texto trata da passagem da Monarquia à República. O objetivo é repensar este momento histórico, tendo como preocupação a análise do ideário republicano no período que se estende da criação do Partido Republicano à consolidação da República no Brasil.
APRESENTAÇÃO
A transição da Monarquia à República comumente é explicada através das chamadas questões: abolicionista, republicana, militar e religiosa.
Qualquer livro ou manual de história do Brasil, seja de ensino médio ou de ensino superior, inicia a discussão através da exposição destes fatores históricos.
Todavia, não é fácil o ofício de historiador. De acordo com Emília Viotti da Costa, a regra fundamental da pesquisa histórica é submeter a documentação a uma crítica rigorosa, mas nem sempre só isso garante o melhor resultado. Pois não se trata simplesmente de se optar por esta ou por aquela versão do fato que nos parece mais lógica. É necessário buscar as razões de tal ou qual postura teórica, os elementos de sustentação da análise, etc.
Este trabalho é uma tentativa de reflexão, com base em uma bibliografia específica, sobre a passagem da Monarquia para a República. O objetivo é se pensar este momento histórico, tendo como preocupação analisar a crise do Império, a origem da República e o Ideário
Republicano, no período de 1870 a 1910.
Nesse sentido, foi importante retomar o texto de Emília Viotti da Costa. Pois, geralmente, ao se proceder à análise da transição da Monarquia para a República, são apontadas as causas que contribuíram para tal desfecho. Destacam-se as chamadas questões abolicionista, republicana, militar e religiosa, ao mesmo tempo em que outras, em maior ou menor escala, são também apontadas, mas aquelas gozam de um certo consenso na historiografia.
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Número 07/08 – Janeiro / Dezembro – 2001 - ISSN 2179 5215
I – A CRISE DO