MAQUIAVEL- CIÊNCIAS POLÍTICAS
Com Maquiavel, novidades importantes no pensamento político:
Introduz o vocábulo ESTADO;
nova classificação das formas de governo assunto tratado nos dois livros:
“O Príncipe” (1513);
“Os Comentários sobre a Primeira
Década de Tito Lívio” (1517).
A novidade na classificação de Maquiavel:
“Todos os Estados que existem e já existiram são e foram sempre MONARQUIAS e REPÚBLICAS”.
(substitui a tripartição clássica)
A tripartição clássica de Aristóteles:
Formas boas: Monarquia/Aristocracia/Democracia(+)
Formas más: Tirania/Oligarquia/Democracia(-)
A CLASSIFICAÇÃO DE MAQUIAVEL:
Monarquias (principados): governo de um só;
Repúblicas:
a) Aristocráticas: divisão do poder entre o Príncipe e a
Aristocracia;
b)Democráticas: divisão do poder entre Príncipe,
Aristocracia e Povo.
Campo de observação de Maquiavel: a “veritá
effetuale” (verdade efetiva): a realidade política da época. Europa Moderna: Inglaterra, França e Espanha
(formados gradualmente depois da dissolução do
Império Romano);
A Itália de Maquiavel: fragmentada, dominada por povos estrangeiros, e formada por repúblicas como as de Gênova, Veneza, Florença...
O campo de reflexão de Maquiavel: não foi o das
cidades gregas, mas o da “REPÚBLICA ROMANA”:
Defesa do “GOVERNO MISTO”: república compósita, complexa, formada por diversas partes que mantêm relações de concórdia contrastantes entre si.
Obra dedicada aos principados
Principados hereditários (sucessão constitucional);
Principados novos: conquistas (alguém que ainda não
era príncipe). Ex.: Francisco Sforza, em Milão.
- As formas de conquista: “virtù” X fortuna força X consentimento
Além de negar a clássica “tripartição aristotélica”,
Maquiavel não faz a distinção (como fez Aristóteles) entre formas “boas” e “más” de governo.
O Príncipe tirano (per scelera) é como os demais (ex defectu tituli): ????
- o critério para distinguir a boa