historia do algodão no Brasil
Os índios já conheciam o algodão e dominavam o seu plantio desde antes do descobrimento do Brasil, sendo capazes de colher, fiar, tecer e tingir tecidos feitos com suas fibras. Eles convertiam o algodão em fios para a utilização na confecção de redes e cobertores, aproveitavam a planta na alimentação e usavam suas folhas na cura de feridas.
A produção comercial do algodão começou nos estados da Região Nordeste e o primeiro grande produtor foi o Maranhão que, em 1760, exportou para a Europa as primeiras sacas do produto.
Até então, os produtores se dedicavam ao plantio do algodão arbóreo perene, de fibras mais longas. O plantio do algodão herbáceo, de fibra mais curta, porém mais produtivo, começou em São Paulo, que se firmou como grande centro produtor por um período. Os altos custos das terras e a concorrência de outras culturas, como a cana-de-açúcar e a soja, entretanto, forçaram a cultura a buscar novas áreas de plantio como Mato Grosso e Goiás.
Em Mato Grosso
Até o final dos anos 1990, Mato Grosso praticamente não tinha importância como produtor de algodão, embora a região de Rondonópolis (situada 210 km ao Sul de Cuiabá) tenha ficado conhecida como a "Rainha do Algodão" nos anos 1960, com a predominância de pequenos produtores.
Na década de 1990, começaram a ser plantadas as primeiras lavouras na região com um perfil mais empresarial. O cultivo do algodão surgiu como alternativa para rotação com a soja no Cerrado e, graças à tenacidade dos produtores que se uniram em torno da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e aos investimentos em novas tecnologias, a cotonicultura se consolidou no Estado.
Mato Grosso plantou 722.630 hectares na safra 2011/12 e produziu 1.134.710 toneladas de pluma, das quais 553.691 toneladas foram exportadas. Na safra 2012/13, os cotonicultores mato-grossense optaram por um recuo estratégico na área de plantio, que fechou em 453.993 ha, com uma produção de