Historia de guarapuava
A ocupação dos campos de Guarapuava remonta às grandes questões da expansão territorial em solo americano pelos povos ibéricos, pois, segundo o Tratado de Tordesilhas, toda porção centro-oeste do estado do Paraná deveria ser de comando espanhol. Entretanto, durante a União Ibérica (período em que a coroa espanhola dominou o território português) houve um grande número de incursões rumo ao interior do continente a partir da província de São Paulo, através de expedições denominadas “bandeiras”, desta forma, expandiu-se os limites territoriais portugueses.
Após a dissolução da União Ibérica, fim da Dinastia Filipina, a expansão portuguesa na América do Sul continuou até chegar as margens do rio da Prata, onde ocorreu a fundação da colônia de Sacramento, no atual território do Uruguai. Sob efeito desta ameaça expansionista portuguesa é que houve a reformulação do acordo entre os dois países, através do Tratado de Madri, redefinindo as fronteiras das colónias vinculadas as duas potências da época.
Contudo, a região de Guarapuava continuou sem a presença do domínio europeu até o início do século XIX. A fim de consolidar a posse estratégica deste território, que já havia recebido expedições de reconhecimento no século XVIII, a coroa portuguesa, então sediada no Rio de Janeiro, determinou a organização de uma expedição para ocupar a região através de seu povoamento e garantir a nova fronteira com a Espanha.
A Real Expedição de Conquista e Povoamento dos Campos de Guarapuava, comandada por Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Chegou à região em 17 de junho de 1810, e fez construir o Fortim Atalaia (onde abrigou as primeiras tropas, seus familiares e povoadores que dela fizeram parte, cerca de 300 famílias). O Fortim Atalaia, construído na região atualmente denominada Palmeirinha, protegeu os componentes da Expedição dos freqüentes ataques dos índios, pertencentes às três tribos que habitavam a região (Camés, Votorões e Cayeres ou Dorins).
Entre 1812