Atualmente a tica uma caracterstica inerente a toda ao humana. O homem possui um senso tico, uma espcie de conscincia moral avaliando e julgando constantemente suas aes para saber se so boas ou ms, certas ou erradas e justas ou injustas. Esse julgamento vem da cultura humana de estabelecer regras, classificando todas as atitudes sob a tica do certo ou errado e bem ou mal. Mesmo que seja relacionada com o agir individual, esses julgamentos tem uma relao com as matrizes culturais determinadas por cada sociedade e seus contextos histricos. De acordo com a histria, a tica vem se relacionando com a opo de vida, bens, amizades, objetivos intelectuais ou fsicos, buscando relaes justas, aceitveis tica e moralmente. Porm, as duas vertentes nem sempre caminharam juntas, houve uma poca em que os conceitos eram distintos e conflituosos. A tica nasceu na Grcia, praticamente junto com a filosofia (mesmo que seus preceitos j fossem praticados entre outros povos, desde os primrdios da humanidade) mesclando-se com os contextos mticos e religiosos. Ao p da letra, podemos dizer que os gregos foram os primeiros a racionalizar as relaes entre as pessoas, repensando posturas e sistematizando aes. Na antiguidade, cerca de 500 e 300 a.C., foi um perodo muito importante para os gregos, ou para os antigos, foi um perodo em que surgiu muitas ideias, definies e teorias que at hoje nos acompanham (lvaro L. M. Valls O que tica. Pg. 24). Podemos dizer que so trs os maiores pensadores dessa poca, Scrates, Plato e Aristteles os responsveis por essa anlise e reflexo sobre o modo de agir do homem. Para Scrates, o verdadeiro objeto do conhecimento seria a alma humana, onde reside a verdade e a possibilidade de alcanar a felicidade. Porm, para ele o indivduo no est preparado para encontrar a verdade dentro do seu esprito, e na confuso de seus sentimentos, o sujeito acaba buscando somente o prazer puramente hedonista. Por esta razo, seria misso do filsofo conduzir o sujeito ao conhecimento