Historia da radionovela
A primeira transmissão de rádio no Brasil foi ao ar em 7 de setembro de 1922, porém, o veículo demorou a se tornar popular, em razão do preço do aparelho e a demora na implantação de retransmissoras. Quando as dificuldades físicas foram superadas, a forma encontrada para popularizar sua programação foi lançar mão do mesmo recurso que os jornais, quando da invenção da imprensa escrita: a narrativa folhetinesca.
Nasceram, assim, as primeiras transmissões de radionovelas no Brasil, fruto da dramatização de tramas literárias. Mas isso não quer dizer que as emissoras não realizassem radiodramatizações. Eram comuns os “teatros em casa”, os “radiatros” e os inúmeros sketchs teatrais presentes nos mais variados programas das emissoras de rádio brasileiras. Na própria Rádio Nacional, desde o fim da década de 1930, era apresentado todos os sábados o programa Teatro em Casa, que consistia na radiofonização, em uma única apresentação, de uma peça teatral. Havia ainda Gente de Circo, de Amaral Gurgel, uma história semanal seriada, que estreou no início de 1941.
Em São Paulo, nos anos 40, a Rádio São Paulo (PRA5) levou ao ar inúmeras radionovelas, com roteiros de Otávio Augusto Vampré, Alfredo Palacios, Olegário Passos e Menotti del Picchia, dentre outros. No início da década de 40 ia ao ar, diariamente, um mini radioteatro, de autoria de Cardoso Silva, e interpretado por Cibéle Silva (nome artístico e de solteira de Cybele Palacios) e Nélio Pinheiro.
Na verdade, o que estava sendo lançado era um novo modelo, diferente do que até então as emissoras costumavam apresentar. Assim, a primeira radionovela transmitida no Brasil pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro foi Em busca da Felicidade, original cubano de Leandro Blanco com adaptação de Gilberto Martins.2 Também são consideradas pioneiras as radionovelas “Fatalidade”, escrita por Oduvaldo Vianna e a radionovela "Mulheres de Bronze", baseada num folhetim francês.
As adaptações de tramas internacionais perdurariam