Historia da Psicologia
Os Experimentalistas de Titchener: Proibido para as Mulheres Em 1904, um grupo de psicólogos autodenominados "os experimentalistas de Titchener" começou a se reunir regularmente para comparar as observações obtidas nas pesquisas. Além de selecionar os temas e os participantes, Titchener geralmente conduzia as reuniões. Uma das regras era a proibição de participação das mulheres. E. G. Boring conta que Titchener desejava "ouvir relatos com liberdade para interromper, debater e criticar, em um ambiente encoberto pela fumaça dos charutos e sem a presença das mulheres (...) elas são delicadas demais para fumar" (Boring, 1967, p. 315).
Embora Titchener continuasse a excluir as mulheres das reuniões dos experimentalistas, encorajava e apoiava seu progresso na psicologia. Ele aceitava mulheres nos programas de pós-graduação em Cornell, mas as universidades de Harvard e Columbia não as admitiam. Mais de um terço dos 56 doutorados concedidos por Titchener foi para mulheres. Nenhum psicólogo daquela época concedeu tantos títulos de doutorados a mulheres como Titchener. Ele também apoiava a contratação de professoras, ideia que muitos colegas consideravam avançada demais. Em uma ocasião, ele insistiu na contratação de uma professora, mesmo diante da recusa do diretor. A primeira mulher a obter o doutorado em psicologia foi Margaret Floy Washburn, que também fora a primeira orientanda de doutorado de Titchener. Ela lembrou que: "Ele não sabia muito bem o que fazer comigo" (Washburn, 1932, p. 340). Depois do doutorado, ela escreveu um importante livro sobre a psicologia comparativa (The animal mind, 1908) e foi à primeira psicóloga eleita para a Academia Nacional de Ciências. Além disso chegou a ser presidente da APA.
Essa breve menção ao sucesso de Washburn tem o intuito de salientar o constante apoio de Titchener à mulher na psicologia. Embora ele não abrisse mão da proibição de mulheres nas reuniões dos