AI-5, FILME ZUZU ANGEL.

A ditadura militar ou o golpe militar, foi marcado pela grande opressão política e militar, veto aos direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição, censura aos canais de informação, músicas, teatros e tudo que fosse contra o governo ditatorial. Foi nesse período autoritário, que ocorreu a publicação do Ato Inconstitucional n°5, conhecido popularmente como AI-5. Este Ato permitiu ao Presidente da República, poderes cada vez maiores, inclusive, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, confiscar bens de quem, aos olhos do governo, fosse incriminado por corrupção, reprimir as mais diversas formas de expressão dos cidadãos, suspender direitos individuais. Não bastando isso, as autoridades militares podiam utilizar a força e a violência para prender os cidadãos que não estavam de acordo com o governo. O filme Zuzu Angel, dirigido por Sérgio Rezende, relata a história de uma estilista, que viveu um drama, quando seu filho (Stuart Angel Jones) desapareceu, se envolvendo em movimentos que combatiam os princípios da ditadura militar. A situação fica ainda mais complicada quando Zuzu Angel decide procurar seu filho, para isso contou com a ajuda de amigos e de seu advogado, protestou com desfiles, que mostravam anjos machucados e sangrando, porém, nessa busca destemida, Zuzu Angel descobre que seu filho havia sido preso e torturado. Em abril de 1976, o corpo de Zuzu Angel foi encontrado em um túnel no Rio de Janeiro, a causa da morte foi um acidente, mas em 1990 foi reconhecido o assassinato. Através do filme podemos notar os efeitos da ditadura e do AI-5, e lembrar o tempo que as pessoas eram perseguidas por buscar seus direitos e seus ideais. Um ano após a morte de Zuzu Angel, Chico Buarque de Holanda com a ajuda de Miltinho, compuseram uma música em sua homenagem, conhecida como “Angélica”, que retrata uma mulher encantadora, que lutou por seu filho, como podemos ver no trecho “Quem é essa mulher. Que canta sempre esse estribilho? Só