historia da infancia resumida
A educação infantil também passou a ser um direito da criança
Durante o decorrer dos tempos e nos diversos lugares da história da humanidade, a infância foi concebida e tratada das mais diversas maneiras. Segundo Marisa Lajolo (1997, p. 227) “são tantas infâncias quantas forem as ideias, práticas, discursos que se organizam em torno e sobre ela”. Assim, podemos dizer que há uma imensa variedade de “olhar” a infância em toda a história da humanidade.
No período medieval, a criança era vista como um objeto de tutela da mulher, fossem elas mães ou amas. Assim que a crianças não precisasse mais de cuidados, era automaticamente depositada no mundo adulto. Já no século XVI, a infância surge como sinônimo de docilidade, e a criança passa a ser olhada como um ser ingênuo e inocente, devendo ser zelada pelos que estejam próximos a ela. No século XVII o olhar para a criança é de alguém que precisa ser moldada, educada e ensinada. Alguém que veio ao mundo sem nenhum conhecimento.
O período compreendido entre o fim do século XVIII e o início do século XIX foi aquele em que a infância era vista como algo natural, como um período de inocência e desprovimento de razão, já que a criança não dominava a linguagem falada. Ao passo que fosse capaz de falar, deixava de ser vista apenas como um inocente.
A partir do século XIX, em que as mulheres entram no mercado de trabalho, as crianças ficam sem lugar apropriado para ficar. Surge, então, uma luta pela criação de locais onde a criança pudesse ficar enquanto as mães trabalhavam. Esses locais surgiram inicialmente com caráter de guarda e assistência. Com a criação da proteção à infância, no final desse século, os cuidados da infância passaram a ser um aspecto consolidado, não como um direito da criança, mas como direito da mãe trabalhadora. O direito da criança só foi legitimado no final do século XX, a partir da Constituição Federal do Brasil de 1988.
Consequentemente, a educação