Historia da educação
Texto: A noção da liberdade no Emilio de Rousseau
Na carta de Philibert em 13 de outubro de 1764, Rousseau sugere uma análise atenta de seu pensamento filosófico deve ser empreendida a partir da leitura do Emilio (Rousseau1929, p.339). Segundo o autor ele permite compreender a ordem entre seus escritos e alcançar os princípios fundamentais de seu “sistema”. Desafio proposto, o presente artigo tem como objetivo reconstruir argumentos desenvolvidos por Rousseau. No âmbito físico, ela se identifica com a necessidade natural de movimento, cujos impedimentos a sua satisfação criam obstáculo ao desenvolvimento normal da criança e engendram efeitos físicos nefastos. Se a liberdade é um bem e a necessidade de movimento é a sua primeira manifestação o uso desnaturado da mesma representaria um excesso condenável, pois toda justificação desta pratica não passaria de raciocínio inútil. Esta liberdade de movimento deve ser preservada quando a criança cresce uma vez que seus efeitos serão benéficos para o desenvolvimento do seu corpo e quando a criança conclui alguns progressos e as faculdades estão desenvolvidas chegando ao estagio que devemos considerar moral. Mas se tal é a autentica manifestação da liberdade, só o homem da natureza pode ser livre, pois tem forças suficientes para satisfazer as suas necessidades, da sua fraqueza a criança não goza da mesma vantagem, e suas necessidades ultrapassam sempre as suas forças, ela só pode usufruir “de uma liberdade” imperfeita semelhante aquela que gozam os homens no estado civil, porém a criança não parece nem mesmo atingir esta liberdade imperfeita e vive uma espécie de escravidão em relação as suas necessidades e paixões, este fenômeno não pode ser atribuído a natureza a servidão que dela decorre é fruto de uma educação deficiente que não soube “distinguir com cuidado a verdadeira necessidade a necessidade natural da necessidade da fantasia que começa a nascer”. (Rousseau, 1969. p312), o individuo humano