Historia da contabilidade em mocambique
SÁBADO, 20 DE MARÇO DE 2010
Da História da Contabilidade à Introdução das Normas Internacionais de Relato Financeiro em Moçambique
Não se pretende que este artigo, faça uma abordagem terminada daquilo que é a história da contabilidade em Moçambique, desde logo porque a história da contabilidade moçambicana não seria compaginável, com um artigo tão sumário como este. A isto encontram-se as limitações inerentes ao autor deste artigo.
O tema proposto, não tem tido quanto é do meu conhecimento grande adesão por parte dos contabilistas e professores de contabilidade em Moçambique. Quiça por não constituir o dia a dia das empresas, aliás os contabilistas tem a mania de que só tratam das contas. Contudo qualquer ciência tem a sua epistemologia, o que não é excepção a ciência contábil.
Segundo o Professor António Lopes de Sá (1996) (Citado por Cravo), a escrituração contabilística nasceu com a conta, no paleolítico superior, há mais de 20. 000 anos, mesmo antes de o homem saber escrever e calcular. Podemos considerar tal período como a pré-história da contabilidade, caracterizada pela prática transmitida e pela ausência de livros. No geral todos os povos contribuiram para o desenvolvimento desta disciplina. No entanto é dos sumérios e babilónios que se obtém a mais antiga documentação: contas com débitos e créditos abertas a animais, ficheiros, inventários e balanços.
Acredita-se que foi destes povos a intuição a partida dobrada, e tudo aponta que o conceito de débito e crédito existe há mais de 5. 000 anos.
Entre o século XI e o século XV existe um grande crescimento do comércio na Europa e é nessa fase que supõe tenha sido consolidada a partida dobrada, a qual se admite ter surgido na Itália entre 1. 250 e 1.280 da nossa era.
Tradicionalmente tem sido aceite que a grande difusão da partida dobrada foi afectuada a partir da publicação da obra de FRA LUCA PACIOLI, “Summa Arithemetica, Geometria, Proporcioni et