Hist Ria E Teoria Social
O autor Peter Burke em sua obra História e Teoria Social, traz no capítulo quatro, discussões acerca de temas debatidos no campo da História. O autor vai trabalhar no decorrer do capítulo os conflitos de intelectuais a respeito da ideia de função ou estrutura e o espaço de atuação humana, a tensão existente sobre o trabalho do historiador com a cultura e os conflitos sobre o conceito de uma história ficcional.
Burke inicia analisando o conceito de “função” e sua importância para a teoria social em certo momento, mesmo que a mesma seja cabível de várias criticas. Segundo o autor, os funcionalistas implicam que um determinado costume ou instituição contribuem para o equilíbrio social, tornando a função de essas partes manterem um todo.
Ao analisar o funcionalismo, pode-se observar a capacidade do mesmo em generalizar situações onde uma verificação mais detalhada deformada dessa imagem de sociedade estável e bem equilibrada em todas as classes. Para Burke, o conceito de função não revela as mudanças e conflitos sociais e encobre motivos de natureza individual. O autor ainda prioriza que o historiador não deve apenas prender-se a explicações intencionais, mas que procure analisar outras possibilidades de teorias sociais.
Com essa perspectiva do funcionalismo em abordar apenas as estruturas das sociedades, Burke distingui essas estruturas em três eixos. Primeiramente as abordagens marxistas baseadas nas bases e com teor econômico. Segundo, com um sentido genérico de estrutura baseado em um complexo de instituições. Em terceira o autor discorre dos chamados estruturalistas que se dedicaram a estruturas ou sistemas de pensamento ou à cultura.
Muitos historiadores criticam a noção de estruturas. Esses simpatizantes do estruturalismo são apontados muitas vezes como deterministas, de excluírem os povos no processo histórico e até de serem não históricos. Para Burke muitas dessas acusações são exageradas, mas que não implica em uma possível falta