HIST RIA HANSEN
Encontra-se, nos capítulos 13 e 14 do Levítico, o termo hebreu tsaraath ou saraath para designar afecções impuras. Estes termos foram traduzidos como lepra em vários idiomas, sem que se possa afirmar com certeza o seu significado original.
A evolução clínica da mesma é crônica e trata-se de uma doença infecto-contagiosa Foi o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, principal pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873 o bacilo Mycobacterium leprae (M. leprae), como o causador da lepra, a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu descobridor (Foss, 1999 e Gomes, 2000). A mesma envolve lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica dolorosa e tátil (dermatoneurológica). Existem reações (surtos reacionais) onde vários órgãos podem ser comprometidos, tais como, olhos, rins, supra-renais, testículos, fígado e baço (Talhari e Neves, 1997).
Acredita-se que a hanseníase seja originária da Ásia (Jopling e McDougall, 1991 e Brasil, 1989). Outros autores (Brasil, 1989) também apontam a África como berço desta doença. Ainda hoje, discute-se se a hanseníase é de origem asiática ou africana. Conhecida há mais de três ou quatro mil anos na Índia, China e Japão, já existia no Egito quatro mil e trezentos anos antes de Cristo, segundo um papiro da época de Ramsés II (Serviço Nacional de Lepra, 1960). Para Opromolla (1981, p.2):
...há referências de que a hanseníase existia em muitos outros lugares da Terra nesses tempos antigos, mas na verdade o que houve foram traduções errôneas de termos designando diferentes moléstias. Nos tempos Babilônicos, por exemplo, há referências sobre a hanseníase como a palavra lepra, mas seu significado era de uma doença escamosa.
Ainda segundo Opromolla (1981), admite-se que a