HipHop & Grafite

HIP HOP

O movimento cultural Hip-Hop teve origem em Nova Iorque, na zona sul de Bronx, um dos bairros mais pobres da cidade dominados pelo crime e por constantes atos políticos arrasadores, pela população africana e latina que o habitava. Na década de 70, esta era a área mais isolada do continente. Um estudo de um importante cronista da cultura negra norte-americana, Nelson George, indicava que nos bairros de Nova Iorque os rendimentos anuais de uma família eram perto de nove mil e setecentos dólares, exceto em Bronx, onde os rendimentos anuais de uma família eram de cinco mil e duzentos dólares. A juntar a esta situação, verificou-se um grande número de fogos postos no ano de 1975 (mais de 13 mil) por senhorios “à procura de compensações das companhias de seguros”1, o que provocou cortes no orçamento municipal e conduziu Bronx à zona menos policiada da cidade e a um progressivo abandono político. Para perceber melhor a origem do Hip-Hop é necessário ir até à Jamaica, à sua capital Kingston, onde eram comuns as festas de Sound System, festas de rua com equipamentos de som muito potentes. O jamaicano Kool Herc, um dos fundadores do Hip-Hop, emigrou para Bronx com a sua família e levou consigo as festas de Sound System às quais juntou o Toast, uma forma de cantar onde as frases e as rimas denunciam problemas da sociedade.
Como já referimos, o bairro de Bronx era carenciado a todos os níveis, de infraestruturas, de educação, entre outros, por isso, os jovens passavam a maioria do tempo nas ruas, o único espaço de lazer existente. Foi, portanto neste contexto social que sugiram as diversas formas de exprimir a arte na rua, através da música (DJ’ing), da poesia (RAP), da dança (Break-Dance) e da pintura (Graffiti) – as quatro vertentes do movimento cultural.
Ao contrário do que muita gente pensa ao relacionar a cultura Hip-Hop com violência, estas manifestações artísticas surgiram como alternativa