Hipertensão e qualidade de vida
Foram entrevistados 5 pacientes, sendo 3 homens e 2 mulheres, com idade variando entre 39 anos e 79 anos. Dois deles não tinham religião, três eram católicos. Quatro pacientes tinham procedência de Recife – PE, um de Santa Cruz do Capibaribe – PE. Quatro eram casados, uma era viúva. Três entrevistas foram realizadas no ambulatório do PROCAPE, uma na enfermaria do Hospital Agamenon Magalhães e outra no PSF *****.
Entrevista
1) Qual problema que tem (ou teve)?
Os 5 pacientes relataram Hipertensão Arterial Sistêmica. Uma relatou hipercolesterolemia e depressão, outra relatou retinopatia hipertensiva e um relatou insuficiência aórtica e aneurisma da aorta.
2) Como se vê ou se sente em relação a outras pessoas, por causa de seu problema (familiares, amigos, colegas de trabalho, de igreja, espaços públicos que freqüenta, etc.)? Como isso ocorre?
Dois pacientes relataram se sentir bem e que não se vêem como pessoas doentes. Um paciente relatou se sentir deprimido quando se compara a outras pessoas (principalmente outros hipertensos), porque sente que o problema foi causado por ele próprio, por não ter tratado a hipertensão anteriormente. Outra paciente disse se sentir “velha”, mostrando-se conformada com a situação por acreditar ser decorrente da idade. Uma paciente declarou não se sentir normal em relação aos outros, pois acredita que o seu problema só acontece com ela – não consegue controlar a hipertensão.
3) Procurou atendimento médico? Em que momento da doença ou da sua vida?
Três pacientes referem ter procurado atendimento médico há muitos anos e descobriram a doença por acompanhamento de rotina. Um paciente referiu só ter procurado quando já tinha danos cardíacos provocados pela hipertensão, e outro referiu que só procurou por insistência da sogra, após apresentar pico hipertensivo enquanto assistia a um jogo de futebol na televisão.
4) Recebeu explicações sobre seu tratamento? Como lhe foi falado? Entendeu completamente essas explicações dadas