Hipertensão intracraniana
(INTRODUÇÃO) A pressão intracraniana (PIC) tem como referência a pressão atmosférica, ou seja, é aquela encontrada no interior da caixa craniana. A PIC possui uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHG e reflete entre o conteúdo da caixa intracraniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio, podendo ser considerado constante (Doutrina de Monroe-Kellie). A alteração de um desses volumes pode causar a hipertensão intracraniana (HIC). A pressão intracraniana é um importante fator regulador do equilíbrio neurológico e dos principiais mecanismos que resulta em disfunções neurológicas. Considera-se pressão intracraniana a pressão maior que 20 cm de fluido cerebroespinal. Segundo Black e Massarin-Jacobs (1996), o aumento da pressão intracraniana está associado mais freqüentemente a uma lesão rapidamente expansiva, como um sangramento, por exemplo; uma obstrução à vazão do líquido cefalorraquidiano, como nos casos de tumores; ou o aumento da formação de LCR, nos casos de edema cerebral, por exemplo. A PIC diminui a perfusão cerebral, estimula o edema e resulta em herniação causando também a diminuição do fluxo sanguíneo, a isquemia cerebral. Com isso os centros vasomotores são estimulados e a pressão sistêmica se eleva para manter o fluxo causando o aumento da Pressão intracraniana. A enfermagem tem papel fundamental no tratamento de pacientes com hipertensão intracraniana, devendo estar preparado para assistir ao paciente com quadros de HIC. O objetivo principal do tratamento da HIC é a remoção da sua causa, podendo ser alcançado em pacientes que apresentam lesões expansivas. Quando não é possível remover essas lesões, medidas concomitantes ou de emergência devem ser tomadas. É essencial que se possa fazer um correto diagnostico. Medidas que visem à estabilização global do paciente devem ser incluídas no roteiro do tratamento. É necessário que o enfermeiro esteja apto a realizar procedimentos de alta complexidade,