Higiene oral em crianças
O exame físico da criança, durante uma consulta de puericultura ou num período de hospitalização, compreende também avaliar a cavidade oral. Nem todas as crianças têm a chance de conseguir uma consulta preventiva com o dentista sendo encaminhadas apenas quando a cárie já foi instalada.
Desta forma, a enfermagem pode colaborar fornecendo orientações à família, a partir da gestação se possível, sobre a importância de se realizar higiene oral em seu filho desde o nascimento.
Sabe-se que por volta do 6º mês inicia-se o rompimento dos primeiros dentes, os incisivos centrais inferiores, seguido pelos superiores, incisivos laterais, primeiros molares, caninos e 2º molares por volta do 24º mês.
É comum a criança apresentar-se irritadiça, com salivação abundante e manipulando dedos e/ou artefatos na boca, o que pode levar a uma infecção intestinal desencadeando diarréia e febre.
Perfazendo 20 dentes e chamada de dentição decídua ou de leite, esta permanece até os 5 anos e meio a 6 anos. Tratando de uma faixa etária tão ativa, é comum ocorrerem alguns problemas clínicos: * acidentes levando a traumatismos e perda de estrutura; * cárie, levando a problemas álgicos, além de possuir grande potencial destrutivo (comprometimento de polpa e destruição coronária, desequilíbrio na arquitetura dentária interferindo, inclusive, na mecânica mastigatória e na estética). Em bebês é muito comum desenvolver a chamada "cárie de mamadeira noturna" (contendo leite, suco ou mesmo refrigerantes) ou "de aleitamento noturno". Vale ressaltar também que a oferta de mamadeira noturna, além do problema ligado à higiene oral, demonstra uma inadequação nutricional, que portanto precisaria ser melhor investigada.
Os dentes decíduos apresentam um certo tempo de permanência natural, uma extração precoce significa um desequilíbrio do conjunto dentário, isto é, do arco dentário. Normalmente ocorre uma perda do espaço dentário permanente devido à extração do dente decíduo.
A