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O mal-estar inerente ao tédio e ao aborrecimento advém da actual desvalorização do que é mais primordial, essencial, valorizando cada vez mais uma civilização.
Vivendo numa era de incerteza quanto ao futuro, com a sociedade estabelecida sobre bases de orgulho, egoísmo e longe da fraternidade, Allan Kardec centraliza-se na alma, na força viva da natureza e vem pregar o desinteresse e a humildade. O progresso intelectual do Homem mostra que a felicidade não é completa e para se a atingir é necessário haver um progresso moral.
Actualmente observa-se uma total passividade entre os cidadãos da nossa sociedade. Será que quanto mais civilizados e comodistas se caminha para a decadência?
A felicidade e o ponto de equilíbrio que se atinge com a ajuda da natureza é de facto notável e contribui para a solução deste problema. A simplicidade e a vivacidade inerente ao contacto dos citadinos com a natureza é a fonte de vitalidade de que a sociedade actual necessita.
1.
A transfiguração do real observa-se quando Cesário Verde procura representar a impressão que o real deixa em si, mas ao mesmo tempo transfigurando a realidade.
Nas últimas cinco estrofes do poema “Num Bairro Moderno” estão presentes vários exemplos de transfiguraçDuas﷽﷽﷽﷽﷽﷽emplo presente no excerto estrelas. Com esta transfiguraçvisça vida da natureza de orgulho, ego ão
. Entre eles, “E com o ralo/ Do regador, parece que joeira
/ou que borrifa estrelas”.
Existe uma comparação entre a forma como o pequerrucho rega com o borrifar das estrelas (Parnasianismo) Outro exemplo presente no excerto é: “Duas frugais abóboras carneiras” esta transfiguração transmite efeitos táteis e visuais (sinestesia), que demonstram a beleza das abóboras.
2.
Este excerto apresenta um caráter