SOBRE TICA E IMPRENSA
Introdução
Conflito e Convivência
P 12 – A ética jornalística não se resume a uma normatização do comportamento de repórteres e editores; encarna valores que só fazem sentido tanto por empregados da mídia como por empregadores – e se tiverem como seus vigilantes os cidadãos do público. A liberdade de imprensa é um princípio inegociável, ele existe para beneficias a sociedade democrática em sua dimensão civil e pública, não como prerrogativa de negócios sem limites na área da mídia e das telecomunicações, em dimensões nacionais e transnacionais.
Capítulo 1 – Faz sentido falar de ética na imprensa?
P 33 – É verdade que a atividade jornalística se converteu num mercado, mas, atenção, esse mercado é conseqüência e não o fundamento da razão de ser da imprensa. Do direito fundamental da razão de ser da imprensa, do direito fundamental a que corresponde a imprensa, o direito à informação, resulta a ética que deveria reger os jornalistas e as empresas de comunicação – e deveria reger também os vínculos que ambos estabelecem com suas fontes, com o público e, sobretudo, com o poder (econômico, político ou estatal).
P 41 – A necessidade prática da velocidade e da qualidade
O jornalismo já é em si mesmo a realização de uma ética: ele consiste em publicar o que os outros querem esconder mas que o cidadão tem o direito de saber. Isto é a notícia: a informação que, uma vez revelada, afeta as expectativas docidadão, do consumidor, do homem e da mulher comum quanto ao mundo que os cerca, quanto ao futuro ou quanto ao passado. Notícia não é apenas uma novidade. É uma novidade que altera o arranjo dos fatos, dos poderes ou das idéias em algum nível. A notícia incide, portanto, sobre as relações humanas: ela é socialmente notícia.
P 43 – Entre tantas pressões e tantos interesses, e com a centralidade cada vez mais hegemônica dos meios de comunicação nos espaços públicos, o poder de decisão que repousa nas chefias dos melhores