Heródoto e tucidides
HERÔDOTO E TUCÍDIDES.
Como um dos dez generais de Atenas, Tucídides foi mandado, em 424 a.C., à costa da Trácia para agir contra Brasidas (general espartano que lutou na Guerra do Peloponeso). Tendo falhado na missão, foi condenado a trinta anos de exílio. Provavelmente, os atenienses o chamaram de volta em
404
a.C.
Esse general-historiador escreveu uma história da Guerra do
Peloponeso, uma das mais importantes obras históricas de todos os tempos, notável por seu estilo conciso, direto e nítido, por sua imparcialidade e seu método científico, pelo senso que o autor demonstra de percepção da conexão causal entre os eventos, e por seu raciocínio penetrante a respeito de questões políticas.
Tucídides refere-se ao seu próprio trabalho como "um patrimônio sempre útil e não uma composição para ser ouvida apenas no momento da competição por algum prêmio".
Quintiliano (pedagogo e professor de retórica romano) diz que a História da Guerra do
Peloponeso é "densa em sua contextura, enérgica, sempre ansiosa para ir adiante".
Concentrava-se na vida política; o restante é secundário. Considerava que o presente é a base para a compreensão do passado, e é o único tempo para o qual há informação confiável disponível. Ao contrário de Heródoto, estabelece para seus estudos um rigoroso
Sua obra analisa as guerras do Peloponeso entre Atenas e Esparta.
Características do método de Tucídides:
* Rigor técnico: além da sóbria apresentação dos fatos, descreve de forma crítica as circunstâncias envolvidas, à procura das causas mais profundas de tudo.
* A causalidade não são as forças do destino, mas as paixões e interesses humanos; não há lugar para os deuses em sua obra.
* Narração concisa e desapaixonada, em ordem rigorosamente cronológica e destaque para os eventos mais importantes.
* Enfoque político; destaque para os aspectos militares e negociações políticas, reconstituindo até os discursos