herpes
Aplicação: herpes vírus simplex (HSV) são vírus que se adaptam ao hospedeiro e possuem genoma de DNA bicatenar (dupla hélice), multiplicando-se no núcleo da célula hospedeira, produzindo cerca de 90 proteínas víricas em grandes quantidades. Têm nucleocapsídeo de simetria icosaédrica e envelope bilipidico. Existem dois tipos de vírus: herpes simples tipo 1 (hsv-1) e tipo 2 (hsv-2), os quais diferem na epidemiologia mas são fortemente relacionados. HSV-1 está relacionado a doenças orofaciais, enquanto o hsv-2 associa-se a doença genital; entretanto, a localização das lesões não necessariamente indica o tipo de vírus.
Aproximadamente, até 80% das infecções por HSV são assintomáticas, sendo que as sintomáticas são caracterizadas por morbidade e recorrência significantes. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções podem levar a complicações severas. A prevalência da infecção por HSV tem aumentado nos últimos anos, o que a torna um assunto de grande relevância na saúde pública. A detecção e tratamento precoces são de extrema importância para o controle da doença.
HSV pertencem à família herpesviridiae e à subfamilia alphaherpesviridae e se caracterizam pela neurovirulência, latência e reativação (essa mais comum em imunossuprimidos). A disseminação da infecção pode ocorrer em pacientes imunossuprimidos, como transplantados e HIV/AIDS. Somente seres humanos são reservatórios naturais e nenhum vetor está envolvido na transmissão. O patógeno é transmitido por contato pessoal e a infecção ocorre pela inoculação do vírus em superfície mucosa suscetível (como orofaringe, cérvix e conjuntiva) ou por pequenas lesões na pele. O vírus é inativado imediatamente a temperatura ambiente e, portanto, a transmissão por aerossol e fomites é rara.
As infecções por hsv-1 transmitidas por saliva são comuns em crianças, apesar de gengivoestomatite por herpes ocorrer em qualquer idade. As infecções por hsv-2 são mais frequentes