Heron
Bibliografia: TILLY, Charles. Como a Guerra Fez os Estados. São Paulo: EDUSP, p.123-141, 1996
De início, Charles Tilly fala do quão sanguinário o século XX se demostrou, pra isso, ele apropria-se de comparações com outros séculos, como podemos ver a seguir.
“[...] em taxas de mortalidade por mil habitantes dão cerca de 5 para o século XVIII, 6 para o século XIX e 46 – oito ou nove vezes mais – para o século XX. [...]” (Como a Guerra fez os Estados e Vice-Versa. P.123)
Diante disso, podemos ter uma noção da carnificina que o século XX presenciou. Posteriormente, ele nos mostra o porquê desse nível de diferença assustador.
“[...] A partir do século, declinaram em média, a frequência, a duração e o número de estados envolvidos em guerras entre grandes potências. Em amarga compensação, porém, tornaram-se muito mais severas. [...]” (Como a Guerra fez os Estados e Vice-Versa. P.124)
No século das duas Grandes Guerras, experimentamos na pele, quanto o avanço em tecnologia militar pode ser letal à humanidade, mostrando-se como grandes ameaças à vida humana.
Noutro momento, nos fala um pouco da situação anterior a monopolização da coerção legal.
“[...] era fato usual homens comuns, disporem de armas letais ... era habitual os detentores de poder local ou regional controlarem os meios concentrados de força ... Durante muito tempo, em muitas partes da Europa, os nobres gozaram do direito legal de fazer uma guerra particular. [...]” (Como a Guerra fez os Estados e Vice-Versa. P.125)
Vimos como a fragilidade do Estado era evidente, submetendo-se a aceitar guerras internas mediante os interesses dos nobres, por não possuir o controle legal da violência. Mais adiante, é demostrado qual o percurso realizado para a monopolização dos meios de coerção legal, o que demostrou-se bastante importante para