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Comparando-se o governo de Fernando Henrique Cardoso com os anteriores (Sarney, e Collor/Itamar) verifica-se pelos dados divulgados pelo INCRA, que nos primeiros seis anos tinham assentado 373.210 famílias em 3.505 assentamentos rurais.
A pressão social feita pelos movimentos sociais com a ampliação das ocupações pressionou o governo FHC há ampliar os assentamentos. Este fato mostra que a reforma agrária antes de ser uma política propositiva do governo é a necessidade de resposta à pressão social.
Referente aos assentamentos ano a ano entre 1995 e 2000, verifica-se que há um crescimento no número de famílias assentadas até 1998, quando se chegou a um pouco mais de 83 mil famílias, e uma redução significativa nos anos de 1999 (assentou-se pouco mais de 57 mil famílias) e no ano de 2000 com o assentamento de apenas 39 mil famílias. Havia, portanto, segundo os dados indicavam até 2000, uma política declarada de redução dos assentamentos pelo governo FHC.
Dessa forma, a política de reforma agrária do governo FHC passou por momentos históricos e estratégias diferenciadas. Enquanto a política do MST era de colocar o nu a terra improdutiva e a grilagem de terra pelos latifundiários, a resposta foi a violência policial ou a criminalização das lideranças. Foram os casos do Pontal do Paranapanema no estado de São Paulo, do massacre de Corumbiara em Rondônia e Eldorado do Carajás no Pará.
O MST traz à tona, esta nova discussão sobre a terra, e, particularmente a sua base jurídica. Como contraponto o Estado busca a criminalização das lideranças do MST. Esta foi, pois, uma primeira estratégia política do governo FHC para fazer frente aos movimentos sociais.
A segunda estratégia foram as mudanças legais que foi sendo realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Primeiro fez-se a securitização das dívidas dos ruralistas, depois se criou o ITR progressivo, mas até hoje nada se sabe sobre sua implantação. Depois se criou o