hermeneutica
Hermenêutica, Teoria da Recepção), do livro Teoria da literatura: uma introdução
(1983), nos leva a pensarmos sobre a importância dessas teorias e sua estreita relação com a realidade histórica-social do século xx. Nas 38 páginas desse capítulo,
Eagleton faz comparações marcadas pelo contexto histórico da época, definindo cada teoria e seus diversos pensadores, fazendo contrapontos ao mesmo tempo em que expressa a sua opinião sobre elas.
Logo no primeiro parágrafo Eagleton deixa clara a importância do contexto histórico ao relacionar à crise em que se encontrava a Europa no período que circunda a
Primeira Guerra Mundial e o método filosófico desenvolvido por Edmund Husserl, a chamada Fenomenologia Transcendental.
Para Husserl, embora não possamos ter certeza absoluta sobre a existência independente das coisas, podemos estar certos da maneira pela qual as vemos de imediato na consciência. Os objetos são considerados como coisas postuladas pela consciência, na qual o ato de pensar e o objeto do pensamento estão internamente relacionados. O filósofo exclui tudo o que não seja imanente à consciência, reduzindo o mundo exterior apenas
ao conteúdo
de nossa
consciência, a chamada
redução
fenomenológica, no qual trata as realidades como fenômenos puros. Compreender qualquer fenômeno de maneira total e pura é aprender o que nele há de essencial e imutável. No nono parágrafo o autor aborda a questão da crítica fenomenológica cujas obras literárias são reduzidas a uma pura materialização da consciência do autor.
Focalizando, portanto, a maneira pela qual o autor sente o tempo ou o espaço, ou a relação entre o eu e os outros, ou sua percepção dos objetos materiais. Interessante ressaltar que Eagleton expõe seu pensamento a certa dessa crítica, notificando como
é