Hematologia
Introdução
Anemia é o termo que designa uma deficiência em glóbulos vermelhos, ou eritrócitos no sangue. Clinicamente, este fenômeno resulta em níveis anormalmente baixos de hemoglobina (Hb) no sangue. A hemoglobina é a proteína com teor em ferro que se acumula nos glóbulos vermelhos e que transporta oxigénio, através do sangue, desde os pulmões até outras partes do corpo, como os músculos. Os tecidos precisam de oxigénio para funcionar permitindo converter as fontes de energia (como a glucose), para a contração muscular, condução dos impulsos nervosos, etc. Quando um indivíduo se torna anêmico, diversas mudanças fisiológicas ocorrem. Em meio a estas mudanças, está a própria resposta compensatória do corpo à anemia, que dentro de seus limites, procura preservar a oferta de oxigênio aos tecidos.
Estes mecanismos compensatórios quando reforçados pelo apropriado tratamento da anemia, podem ser suficientes para tornar a transfusão desnecessária.
Importância clínica
É relativamente simples definir um paciente como anêmico através da comparação da concentração de hemoglobina com os valores normais de referência.
No entanto, para avaliar se uma anemia é clinicamente importante, deve-se analisar detalhadamente as necessidades individuais deste paciente: Sangue, Oxigênio e a Circulação. Portanto, as alterações na concentração de hemoglobina não devem ser analisadas isoladamente, diante do prejuízo que a falta de oferta de oxigênio pode causar em diferentes tecidos. A anemia, por definição, não é um diagnóstico, somente um indicador de uma ou mais situações.
SINAIS CLÍNICOS
Um paciente anêmico pode apresentar diversos sintomas. Por outro lado, a anemia pode ser detectada pela investigação de outra condição, ou num programa de pesquisa. A anemia necessita de investigação e posterior tratamento. O grau de anemia geralmente determina a gravidade dos sintomas.
Anemia moderada pode ser assintomática, especialmente quando