Hematologia
Resumo: A garantia de um ótimo resultado laboratotial, através da coleta das amostras de sangue, deve-se a qualidade das fases pré-analítica, analítica e pós-analítica e um amplo conhecimento na preparação, conservação e estocagem destas amostras. O presente estudo aborda a conservação das amostras sanguíneas com EDTA e Fluoreto, associados ou não, em um tempo determinado para a possível formação do processo de fermentação.
O EDTA é o anticoagulante de eleição para hematologia e para o teste de Coombs, sendo comercializado em forma de sal di-potássio, di-sódico e tri-potásico. Utiliza-se a proporção de 1mg para 1ml de sangue, ou 0.5 ml de solução a 1% para 5 ml de sangue, ou 0.1 ml de solução a 1% para 1 ml de sangue. A coagulação se evita pela eliminação do cálcio do sangue.
Podem ser feitas contagens 24 a 36 horas após a coleta se a amostra estiver mantida em uma temperatura de refrigeração de 4ºC. Nunca deve ser congelado, nem sofrer temperaturas superiores a 37ºC. Nestes casos a amostra fica totalmente inviável. Um tempo excessivo da amostra com anticoagulante leva a vacuolização dos monócitos, seguido do inchamento dos linfócitos, presença de vacúolos nos neutrófilos que são confundidos com inclusões tóxicas. Além disso, poderá ocorrer destruição das hemácias.
O Fluoreto de sódio é em geral considerado um conservador para a glicose de sangue: no entanto também age como um anticoagulante fraco. Como conservador, junto como outro anticoagulante como o oxalato de potássio, é eficaz na concentração de 2mg/ml de sangue. Ele exerce sua ação preservativa ao inibir os sistemas enzimáticos da glicólise. Quando o fluoreto de sódio é usado sozinho para impedir a coagulação, são necessárias conservações de três a cinco vezes maiores do que os rotineiros 2mg/ml.
A dosagem deverá ser feita em até 6 horas após a coleta, pois o processo de glicólise continua, mesmo com a presença de fluoreto de sódio