hearst tower
Torre Hearst
Nova Iorque
A arquitectura novaiorquina sofreu bastante nos últimos anos. O breve optimismo nasce de uma rebelião pública contra as primeiras propostas para o Ground Zero que há muito degeneraram em cinismo. Desde então, muitas vezes parece que o medo e a melancolia têm inundado os criativos e a confiança de Nova Iorque. A nova Torre Hearst do arquitecto Norman Foster chega mesmo a tempo, irrompendo através do mal-estar, como um martelo. Composta por uma estrutura de aço cruzado, o vidro esculpido sobe de forma brutal a partir do centro do edificio de 1928 Hearst na esquina da Oitava Avenida com a Rua 57. Passado e presente não se encaixam suavemente mas colidem com forte energia.
Esta torre de 46 pisos pode, enquanto símbolo, representar a maior subida da auto-confiança empresarial em Nova York desde a década de 60, quando o Modernismo estava em pleno crescimento, e a maioria dos americanos tomaram a ousadia tecnológica como o caminho certo para o progresso social.
Enquanto na tarde de 11 de Setembro incêndios devastavam o coração da baixa, Norman Foster apresentava precisamente a sua torre à comissão de concepção da Hearst Corporation. Alguns anos mais tarde a sua abertura encaixa com outro grande sucesso, a expansão da Morgan Library de Renzo Piano, outro sinal de que a energia da cidade está a reanimar.
De certa forma o edifício cumpre uma fantasia nascida no final dos anos 20, quando William Randolph Hearst contratou Joseph Urbano para a concepção de um novo edifício sede para o seu império de imprensa escrita. Embora o edifício Hearst fosse composto por um estilo eclético radicado na sensibilidade precoce de Urbano enquanto arquitecto bastante completo, misturando fin de siècle Viena com traços de Art Deco. Hearst tinha previsto um aumentode 6 pisos acima da base mas a o período de Depressão interpôs-se e os pisos extra nunca foram construídos.
Parte do que faz o edifício de Foster tão impressionante é uma