Hanseníase diagnostico e tratamento
Hanseníase: diagnóstico e tratamento
Joel Carlos LastóriaI, Marilda Aparecida Milanez Morgado de AbreuII
Universidade Estadual Paulista, Botucatu, Hospital Regional e Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente
INTRODUÇÃO
Hanseníase é infecção granulomatosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Apresenta alta contagiosidade e baixa morbidade.1,2
Em 2011, 228.474 casos foram detectados no mundo.
O Brasil ocupa o segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia. É o único país que não atingiu a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública, definida pela prevalência menor que 1 caso/10.000 habitantes.
Em 2011, 33.955 casos novos foram detectados, com coeficiente de prevalência de 1,54/10.000 habitantes.1,2
Acredita-se que a transmissão da hanseníase ocorra pelo contato íntimo e prolongado de indivíduo suscetível com paciente bacilífero, através da inalação de bacilos. A melhor forma de cessar a transmissão é o diagnóstico e tratamento precoce.3,4
OBJETIVO
O objetivo deste estudo é fornecer ao profissional de saúde subsídios que facilitem o seu desempenho no diagnóstico e tratamento da hanseníase, visando eliminar fontes de infecção e evitar sequelas.
MÉTODOS
A pesquisa foi realizada com os termos “leprosy and diagnosis and treatment”; “Mycobacterium leprae”; “leprosy and government publications” no Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), via PubMed, Cochrane Library e Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), tendo sido considerados os estudos mais relevantes.
Também foi analisada a Portaria no 3.125, de 7/10/2010, do
Ministério da Saúde, que aprova as diretrizes para vigilância, atenção e controle da hanseníase.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diagnóstico clínico da hanseníase
Classificação das formas clínicas
A classificação de Madri baseia-se nas características clínicas e baciloscópicas, dividindo a hanseníase em dois