Hanseniase
Keila Ferreira Hirle
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem.
Hogla Cardozo Murai
Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientadora.
RESUMO
Revisão bibliográfica com o objetivo de caracterizar as intervenções de enfermagem na assistência ao portador de hanseníase e sua interface com as Políticas Públicas atuais, realizada nas bases de dados nacionais. Os artigos foram agrupados segundo afinidade com os objetivos propostos e dispostos nas categorias Consulta de enfermagem, Cotidiano do hanseniano,
Perfil clínico-epidemiológico e Políticas públicas. As intervenções de enfermagem na assistência ao portador de hanseníase são apresentadas sob a ótica dos instrumentos utilizados, em particular da consulta de enfermagem, identificando as demandas de assistência ligadas ao perfil clínico e epidemiológico e ao cotidiano do paciente hanseniano. Em relação às Políticas públicas, os artigos evidenciam a importância da capacitação das equipes de saúde para intervir no Programa de Controle da Hanseníase.
Unitermos: Hanseníase; Autocuidado; Assistência de enfermagem.
Hirle KF, Murai HC. Intervenção de enfermagem em Hanseníase: instrumentos e políticas públicasRev
Enferm UNISA 2009; 10(1): 34-8.
INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma antiga doença, infecciosa, contagiosa, que tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Sua transmissão se dá pelas vias aéreas superiores, o trato respiratório(1). O M. leprae tem afinidade por células cutâneas e células dos nervos periféricos, dando a esta doença um grande potencial para causar incapacidades físicas, que podem evoluir para deformidades(2).
A doença é marcada por forte estigma social. Ao longo da história o isolamento do doente foi a principal medida para enfrentar a hanseníase, mas esta medida não foi capaz de controlar a doença e contribuiu para aumentar o medo e o estigma associados à