Hans Morgenthau

2881 palavras 12 páginas
No estudo das Relações Internacionais, o realismo se impõe como a visão de mundo dominante entre analistas e tomadores de decisões. No entanto, quando se quer definir a razão desse aparente domínio, depara-se com uma diversidade e uma riqueza de percursos históricos e de princípios básicos, assim como de pensadores originais. A grande diversidade e ampla riqueza do realismo tornam a tarefa de definir premissas comuns a todas as vertentes do pensamento realista uma tarefa árdua. Contudo, das tradições herdadas de Tucídides, Maquiavel e Hobbes, algumas premissas podem ser consideradas comuns a todos os realistas. Essas premissas são a centralidade do Estado, que tem por objetivo central sua sobrevivência, a função do poder para garantir essa sobrevivência, seja de maneira independente- no que seria caracterizada a auto-ajuda-, seja por meio de alianças, e a resultante anarquia internacional.
O Estado na visão dos realistas é o ator central das relações internacionais. No que se pode caracterizar como uma definição minimalista do papel do Estado nas Relações Internacionais, ele teria duas funções precisas: manter a paz dentro das suas fronteiras e a segurança dos seus cidadãos em relação a agressões externas. No plano doméstico, os Estados se caracterizam pelo que Weber chama de monopólio de uso legítimo da força, monopólio que não existe no plano externo. Os Estados são, portanto, unidades parecidas ou iguais do ponto de vista das funções que desenvolvem. Para os realistas, os indivíduos (os líderes políticos, os diplomatas e os militares, por exemplo) e os grupos de indivíduos (burocracias e administrações publicas, entidades politicas, trabalhistas ou empresariais) que atuam nas relações internacionais o fazem em prol e em benefício dos Estados que representam. Os realistas consideram que o Estado é um ator unitário e racional, o que significa que o Estado age de maneira uniforme e homogênea e em defesa do interesse nacional. A unicidade do Estado se expressa

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