Quando tratamos do Pierre Bourdieu em seu livro "O Desencantamento do Mundo”, podemos dizer que o mesmo tem como situações empíricas o campesinato argelino, onde o método utilizado pelo autor é o Pós-estruturalista, uma vez que Pierre Bourdieu utiliza como uma de suas principais categorias o HABITUS. E por que é o pós-estruturalista? Por que o HABITUS é verificado empiricamente no campesinato. Bom, o habitus é uma das categorias de análises utilizadas por Bourdieu nos seus estudos sociais, dentre elas podemos citar: Habitus, Campo, Capital Cultural, Capital Econômico, Capital Global, Espaço Social, entre outros. Porém, no seu livro "O Desencantamento do Mundo”, a categoria mais utilizada é o habitus. O Habitus utilizado por Pierre Bourdieu pode ser entendido como uma noção mediadora entre o indivíduo e a sociedade, onde é refletida no indivíduo a maneira como a sociedade se comporta frente a forma de disposições duráveis, ou capacidades de pensar, sentir e agir de modos determinados que os guiam no seu meio social. Para melhor entender a noção de habitus, podemos citar Bourdieu em seu trabalho "Razões Práticas", onde este afirma que o habitus pode ser considerado como "princípios geradores de práticas distintas - o que o operário come, e sobretudo sua maneira de comer, o esporte que pratica e sua maneira de praticá-lo, suas opiniões políticas e sua maneira de expressá-las. O habitus estabelece as diferenças entre o que é bom e mau, entre o bem e o mal, entre o que é distinto e o que é vulgar,etc.,Mas elas são as mesmas. Assim, por exemplo, o mesmo comportamento ou o mesmo bem pode parecer distinto para um, pretensioso e ostentatório para outro e vulgar para um terceiro."(BOURDIEU,1997). Dessa forma, podemos considerar como exemplos de habitus, no livro "O desencantamento do Mundo”, “o patrimônio objetivado de uma civilização, herança de experiências acumuladas, técnicas de remuneração ou de comercialização,