Resenha do texto: Campo do Poder, Campo Intelectual e Habitus de Classe - Pierre Bourdieu
Pierre Bourdieu critica a questão da educação e a cultura tradicionalista e manipuladora que gera a individualidade cega e submissa às estruturas dominantes
Obras, artes, criação dos artistas, literatura só podem ser compreendidas e aceitas quando de acordo com a estrutura do campo intelectual/político ideológico de uma categoria particular. E estas se dão sob um véu ilusório, romântico e de esperança que também manipulam as mentes, não dando espaço para inovações criadoras e diferentes do que é preconizado.
Alunos e artistas trabalham pela estética, mesmo em cursos avançados mantém a mesma tradição e culto ao que foram dirigidos nos primeiros anos escolares, e mesmo em cursos superiores não conseguem tomar uma posição no sentido político, de crítica, de mudança, de alerta do que é ideológico e sutil. São moldados em sua individualidade singular de forma ideológica e não real, acreditando que o que vivem e entendem por cultura, por vivência, é o correto a fazer e a ser; não conseguem observar a situação menos privilegiada de outros. E estes menos privilegiados sonham com o alcançar a mesma posição da minoria privilegiada.
Pierre Bourdie cita Sartre em sua análise: “(...) não é a condição de classe que determina o indivíduo, mas o sujeito que se autodetermina a partir da tomada de consciência, parcial ou total, da verdade objetiva de condição de classe.” E completa. “O que faz deles os representantes da pequena burguesia é o fato de que seu cérebro não pode ultrapassar os limites que o próprio pequeno burguês não supera em sua vida e, por conseguinte, eles são teoricamente levados aos mesmos problemas e às mesmas soluções a que são conduzidos praticamente os pequenos burgueses por seu interesse material e por sua situação social”
As literaturas são incoerentes para a construção de um campo intelectual e político.
Para Pierre Bourdie, a solução seria romper com a problemática