Habitações no brasil
Amanda Nazzari Bigolin
Johanne Lourenço
Micaele dos Santos Favero
Thamara Passini Correia[1]
Resumo: Este ensaio tem por objetivo refletir sobre a trajetória histórica da habitação popular no Brasil sob o ponto de vista arquitetônico e urbano, tendo a qualidade da moradia como um fator determinante das relações humanas em todas as esferas sociais. Objetiva apontar as deficiências das iniciativas públicas tomadas até então para se resolver a questão no país e propor soluções alternativas de intervenção tomando como pressuposto experiências brasileiras bem sucedidas.
Palavras chaves: Brasil. Arquitetura, Urbanismo, políticas públicas, habitação popular.
Abstract: This assay has for objective to reflect on the historical trajectory of the construction
Key-words: .
1. Introdução Penso ser interessante compartilhar a idéia de que
2. Da República Velha a Era Vargas: O Estado entra em cena. Até a o final da República Velha a produção de moradias populares era destinada a classe operária e era uma atividade exercida pela iniciativa privada, que tinha como único objetivo obter lucros com os investimentos na construção de casas de aluguel. Devido á forte influência exercida pelas doutrinas do capitalismo, a economia do Estado liberal da República Velha era regida pelo princípio de livre comércio. Assim o estado não intervinha na produção de moradias e no controle dos alugueis e as organizações populares não reconheciam nele essa responsabilidade. Pensava-se que governo não deveria produzir casas para operários, mas estimular os particulares a investirem na construção civil. Desta forma, justifica-se os incentivos públicos dados para as indústrias na elaboração de vilas operárias que serviram de moradia a seus empregados no período que sucedeu a Primeira Guerra Mundial. Essas vilas eram conjuntos de casas construídas para serem alugadas a baixos preços ou mesmo oferecidas gratuitamente a seus