Gênesis X A cultura do Homem
Ao analisarmos algumas das obras da exposição “Gênesis” de Sebastião Salgado e traçando um comparativo com o texto de Leontiev “O homem e a cultura”, podemos observar algumas características do desenvolvimento humano onde Leontiev defende que o ser humano tem uma origem animal, o qual conforme o surgimento de necessidades, estes vão passando por um processo de hominização, fato que é exemplificado nas obras "Gênesis” e que podem-se perceber vários grupos com culturas diferentes, em que a riqueza, a adaptação e a inteligência prevalecem para a sobrevivência. O homem vive um processo de transformação constante que iniciou-se na pré História, quando surgem os primeiros Australopithecus que criaram e utilizaram utensílios rudimentares, possuíam posição vertical e estilos primitivos de comunicação; até o surgimento do Homo Sapiens. Na exposição foram observados determinados grupos que apresentavam vários comportamentos semelhantes ao dos nossos ancestrais, mesmo nos dias atuais. Isso evidencia a influência da localidade dos povos, em que os que viviam em regiões mais remotas e longe da sociedade “contemporânea”, possuíam modos de sobrevivência divergentes e rudimentares, sendo consideradas muitas vezes como “Incivilizados” por não corresponderem aos nossos padrões sociais. O que é considerado equivocado, pois, estes povos vivem como podem, possuem normas e uma cultura singular, não sendo inferior a uma determinada cultura, apenas diferente.
Gênesis possui um enfoque na natureza, mostrando um mundo muitas vezes desconhecido, tanto em questões de paisagem quanto em questões de civilizações. As imagens nos transmitem a relação de harmonia que existe entre o homem e a natureza, fazendo com que refletíssemos sobre a visão que temos do planeta, gerando indagações sobre as ações atuais, nos fazendo voltar à atenção para uma aproximação mais profunda das relações humanas e a natureza.
A espécie humana e as