Gênero Textual
O Ensino do gênero tem grande repercução na educação brasileira. O conceito de gêneros é visto como uma possibilidade de desestabilizar as práticas de ensino de língua materna consideradas “problemáticas” no que diz respeito à formação de sujeitos autônomos, preparados para inserção nas práticas letradas que se ocorrem dentro e fora do espaço escolar.
Uma interação com a Teoria da Enunciação de Bakhtin e a Teoria da Aprendizagem de Vygotski, deram aporte para o desenvolvimento e funcionamento da linguagem na perspectiva socio-interacionista. A Teoria Interacionista Socio-discursiva é um quadro teórico que entende as condutas humanas como “ações situadas cujas propriedades estruturais e funcionais são, antes de mais nada, um produto da socialização” (BRONCKART, 1997, p.13) e devido a essas condições externas de produção textual, ocorre um abandono da noção de “tipo de texto” e sim, a favor de gênero de texto (textual) e de tipo de discurso. Assim os estudiosos de Genebra defendem a “didática da diversificação” que segundo Bronckart e Schneuwly (2004) seria um movimento contrário às abordagens e aos métodos tradicionais que enfatizavam principalmente a abordagem puramente gramatical.
Essa didática da diversificação seria então uma abordagem centrada na unicidade da língua, que seria a diversificação dos textos e as relações que os textos mantêm com o contexto de produção, dando lugar para os aspectos