Gênero textuais
Quando se fala em concepção de leitura nos vem em mente as seguintes questões: O que é ler? Para que ler? Como ler? Essas perguntas podem ser respondidas de diferentes modos, que revelarão um conceito de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido.
Em se tratando de leitura, existem focos diferentes: foco no autor e foco no texto, bem como a interação autor-texto-leitor. Quando o foco é no autor, o texto é resultado de sua representação mental, cabendo ao leitor captar os sentidos que o autor nos pretende informar. Já o foco no texto leva em conta o sistema estrutural da língua como sistema, código, sendo o leitor responsável por identificar, reconhecer, decodificar os sentidos expressos no texto. Na interação entre autor-texto-leitor há uma concepção interacional (dialógica) da língua.
Para que haja produção de sentido, devem-se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, os conhecimentos construídos socialmente. Trata-se da interação “Texto-sujeito”. Além disso, colocamos em ação várias estratégias sócio-cognitivas. A partir dessas estratégias é realizado um processamento textual mobilizando os mais variados tipos de conhecimentos armazenados em nossa memória. KOCH (2002) afirma que, para o processamento textual, recorremos a três grandes sistemas de conhecimento: o conhecimento lingüístico, enciclopédico e interacional.
O conhecimento lingüístico abrange desde o conhecimento de como pronunciar palavras, passando pelo conhecimento do vocabulário e regras da língua, até o conhecimento do uso da língua. Esse conhecimento é essencial à leitura, sem ele a compreensão não é possível, ele abrange também o conhecimento gramatical e lexical. Já no conhecimento enciclopédico, ou conhecimento de mundo, adquire-se como experiência de vida. Trata-se de nosso embasamento cultural, dos conhecimentos que vamos acumulando no cotidiano, nas nossas vivências,