Guerra
a) O Exército americano.
b) A CIA.
c) Forças especiais internacionais.
d) Um grupo de mercenários.
Por mais absurdo que possa parecer, a resposta certa à pergunta acima é a da alínea “d”. A privatização das forças de guerra norte-americanas, operada por seu Departamento de Defesa, é produto de décadas de negociações e planejamentos, efetivados especialmente por membros do Partido Republicano e aceitos pelos democratas. Os atentados de 11 de setembro de 2001 e a guerra do Iraque impulsionaram de forma estrondosa e assustadora o incremento desta indústria de guerra, que age como sanguessuga de verbas públicas, pedindo sempre mais e mais, ao argumento de ser necessário o contínuo aperfeiçoamento no combate a terroristas e ameaças, em todo o mundo.
Para se ter uma idéia, no ano de 2006 os gastos americanos apenas com as chamadas “forças de segurança” totalizaram a quantia de 613 milhões de dólares. A partir de 2003 a proteção de funcionários graduados no Iraque ficou a cargo da Blackwater USA, empresa fundada em 1996 na Carolina do Norte e que já recebeu mais de 1 bilhão de dólares dos cofres públicos americanos por conta de seus serviços, prestados através de contratos firmados, em sua maioria, sem qualquer espécie de concorrência aberta e equilibrada. Seu primeiro serviço de segurança foi a escolta de Paul Bremmer, enviado por Bush ao Iraque no primeiro ano de ocupação. Não por acaso, o último ato de Bremmer ao deixar o Iraque em 2004 foi a edição da lastimável “Ordem 17”, que isentou de processos penais os prestadores de serviços no Iraque. Por mais absurdo que isso pareça, o governo norte-americano deu carta branca a um bando de mercenários contratados por empresas particulares, que desde então se veem envolvidos em vários episódios de massacres de civis iraquianos, agindo sob o manto da concedida imunidade, chegando ao ponto de