guerra fria
O mundo pós-guerra, Um mundo bipolar
A destruição da Europa durante a Segunda Guerra marcou o fim do amplo poder que o continente havia acumulado nos séculos anteriores. A economia européia estava desorganizada e mergulhada nos problemas internos de sua reconstrução.
Incapaz de assegurar o seu próprio destino, de articular um sistema de defesa e de restaurar a sua economia sem ajuda externa, os governos dos países europeus foram obrigados a enquadrar-se em uma nova ordem mundial, cuja liderança seria disputada pelas potências de fato vitoriosas na guerra; os Estados Unidos e a União Soviética. No início da década de 1940, a união Soviética já se destacava frente às demais economias do mundo em alguns setores produtivos, superada apenas pelos Estados Unidos. Após 1945, com a expansão do socialismo, passou a exercer influência direta em quase todos os continentes. Os Estados Unidos, por sua vez, tornaram-se a principal liderança do mundo ocidental (capitalista). A guerra havia se convertido num bom negócio para os americanos, pois suas taxas médias de crescimento econômico, do final da década de 1930 ao início da de 1960, foram superiores às de qualquer outro país. Após 1945, o mundo foi dividido em dois blocos antagônicos sob permanente ameaça do surgimento de um novo conflito. Em 1947, o presidente Harry Truman, dos Estados Unidos, lançou a Doutrina Truman, cujos princípios norteariam as rivalidades entre Estados Unidos e União Soviética. Denominada também de Doutrina de Contenção, foi criada com o firme propósito de barrar a expansão socialista e inaugurou quatro décadas de disputas entre as duas superpotências. Foi o início da Guerra Fria. Todos os conflitos que ocorreram a partir desse período, nos mais diferentes países, por qualquer motivo, tiveram a ingerência de uma das duas superpotências.